domingo, 18 de julho de 2010

eu assim sou eu

domingo, 18 de julho de 2010

Eu quero... ser tudo aquilo que mereçoEu tenho... a eterna ilusão de um dia entenderEu acho... que talvez seja mais do que pareçoEu odeio... a vulgar banalidade de me perderEu escuto... os meus múrmurios e em neles adormeçoEu cheiro... um mundo feito de cores ao alvorecerEu imploro... em preces vãs numa língua que não conheço Eu arrependo-me… por vezes sem sentir nem transparecer Eu amo... a ti meu amor é este o meu triste preçoEu sinto dor... numa estranha e doce sensação por descreverEu sinto falta... de mim quando só de mim me esqueçoEu importo-me... com tudo para enfim nada compreenderEu sempre... fujo das amarras deste imenso mundo expeço Eu acredito... em fábulas imaginárias com vozes a condizerEu danço... entre musas aladas num inebriante jogo desconexo Eu canto... meus sonhos sem nada nem ninguém me deter Eu choro... onde as lágrimas se confundem com fugaz chovediçoEu falho... quando acerto na desilusão de meu mal me quererEu luto… com fantasmas soturnos num mar envolto em sargaçoEu escrevo... frases dislexias que só para mim irei remeter Eu ganho... essa vã esperança envolta em teu suave feitiço Eu perco... o som da minha alma sem esperança de me socorrerEu nunca digo... só apenas sinto neste meu vazio postiçoEu sou... a neblina ocre reflexo na bruma por resplandecerEu fico feliz... essa alegoria fingida plantada em terreno movediço Eu tenho esperança... que me encontre antes de assim perecerEu preciso... de acreditar que tudo isto enfim é real e maciçoEu deveria... quem sabe apenas somente viver .........

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